segunda-feira, 26 de abril de 2010


Quero falar de um apresentador gordo que trabalhava semanalmente na Globo. Não, o Faustão não foi demitido. Me refiro à Abelardo Barbosa, o Chacrinha.

O figurino espalhafatoso assustava aos moleques da minha idade que preferiam o Bozo (não menos bizarro), numa época em que o amadurecimento dos meninos se desenvolvia tardiamente, nem atinávamos diferenças entre as sensuais chacretes e a Vovó Mafalda.

Simbolo do tropicalismo (na anistia continuava balançando a pança), empurrou a Clara Nunes (sua carreira), jogou bacalhau, transmitiu via satélite os primeiros champs de break, apresentou de Barão Vermelho à Sidney Magal e ainda Raul Seixas!

O Velho Guerreiro... é verdade que eramos uns piás muito primitivos, crescemos ouvindo o 'Tereziinhaaa...' e hoje em dia como tudo o que não é moda, buscamos esquecer, apagar da memória. Dane-se o Chacrinha! Se ousou na irreverência anárquica de encoxar aquela mulherada rebolativa no meio da tarde ou apenas serviu pra esculaxar o povão trazendo calouros freaks os quais dispensava sadicamente à buzinadas. Parece que a década de 80, famosa por culturalmente ainda não ter acabado de fato, tem no velho guerreiro o ícone do ostracismo.

Troféu abacaxi pra nossa memória!!!

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