Hoje revelarei algo sobre uma dúvida que deve ter feito você perder muitas noites de sono: o quê é o fósforo!

Dispostos lado a lado em formato de toquinhos de madeira numa caixa de papelão ou emparelhados cabeça com cabeça e com a propaganda de algum motel barato impresso por fora.

Mas se você acha que homem das cavernas foi na mercearia, riscou um e assim descobriu o fogo! Apague essa idéia. O primeiro registro indica que em 1440 AC, o chinês Tanakka Nokku Davakka já buscava uma forma de incinerar em batalha os inimigos do Imperador Xeng Xutian.

Na Idade Média os alquimistas faziam experiências até com a urina para tentar transformar chumbo em ouro, criaram assim a ourina. Pateando a invenção como locofocos, que é o nosso fósfri!

A dificuldade inicial era armazenar o produto que além de extremamente fedorento, era inflamável às pampa! Caso 2 palitos se chocassem a explosão seria capaz de destruir um pequeno povoado pouco maior do que Nova York, assim do tamanho de Pingamandapio. Então colocaram uma faixa oxidante à base de fósforo e enxofre fixada no lado externo da embalagem,e por fricção 'fiat lux!' (faça-se a luz!).

Em breve falaremos de outra revolucionaria invenção humana, o mosquiteiro para janelas de submarinos!

1, 2 e...

Quero falar de um apresentador gordo que trabalhava semanalmente na Globo. Não, o Faustão não foi demitido. Me refiro à Abelardo Barbosa, o Chacrinha.

O figurino espalhafatoso assustava aos moleques da minha idade que preferiam o Bozo (não menos bizarro), numa época em que o amadurecimento dos meninos se desenvolvia tardiamente, nem atinávamos diferenças entre as sensuais chacretes e a Vovó Mafalda.

Simbolo do tropicalismo (na anistia continuava balançando a pança), empurrou a Clara Nunes (sua carreira), jogou bacalhau, transmitiu via satélite os primeiros champs de break, apresentou de Barão Vermelho à Sidney Magal e ainda Raul Seixas!

O Velho Guerreiro... é verdade que eramos uns piás muito primitivos, crescemos ouvindo o 'Tereziinhaaa...' e hoje em dia como tudo o que não é moda, buscamos esquecer, apagar da memória. Dane-se o Chacrinha! Se ousou na irreverência anárquica de encoxar aquela mulherada rebolativa no meio da tarde ou apenas serviu pra esculaxar o povão trazendo calouros freaks os quais dispensava sadicamente à buzinadas. Parece que a década de 80, famosa por culturalmente ainda não ter acabado de fato, tem no velho guerreiro o ícone do ostracismo.

Troféu abacaxi pra nossa memória!!!

Lembrei agora do mendigo que quebrou a janela com uma pedrada.

O brigadiano pergunta '_mas rapaz, a mulher te dá um pão e tu taca uma pedrada na janela dela!_'

...e o mendigo '_não senhor, eu taquei de volta foi o pão que ela me deu!_'

Quem vem pela Farrapos e entra na São Pedro já deve ter visto circulando um mendigo (sim, mendigo outra vez!) ele empurra um carrinho de mercado e, nessa semana quaze jantamos juntos.

Não sei o seu nome mas o apelidei de Seu Jorge (uma homenagem, espero...). Acontece que vinha dirigindo e quando parei na sinaleira ele se materializou do meu lado esquerdo e ouví '_BOSSA!_' achei que estava me xingando até perceber que Seu Jorge dizia 'bossa' mesmo, com 2 "S" e não como imaginei com "ST"... Era bossa nova que rolava no meu rádio.

Daquele dia em diante passamos à nos comprimentar na rua. Você sabia que vadiagem não é mais crime no país? Isso agora é fenômeno social.

Numa tarde quente de verão o encontrei com uma namorada (ainda mais maquiada do que o Coringa!) e dia desses Seu Jorge acampou na porta do prédio curioso abaixei cabeça pra espiar, então o ví cozinhando e, palavra que o cheiro nem era tão ruim! Vai ver aguardava a visita da sua mina...

Evito almoçar em shopping center, evito inclusive usar esse termo, prefiro abrasileirar pra 'centro de compras', mas ninguém sabe o que é isso! 'Centro de o quê?' Enfim, hoje estava na Lima & Silva e almocei no Olaria, que também é shopping embora à céu aberto. Confesso que me sinto quando enfrento o sistema, um subversivo que cospe na cara dos reacionários de gravata de seda italiana. Lembro até dos meus tempos de roqueiro inconsequente que imitava o visual do Slash (foto) embora só toca-se os cachorros pra rua. Barulheira dos infernos. Sem nunca ensaiar muito pra manter a originalidade do som!

Voltando ao mundo dos adultos caretas que engraxam sapatos, dão um caixinha quando pegos numa blitz, uma buzinadinha no engarrafamento aqui, sempre ligam pra namorada mas nunca pra mãe alí... Discutir futebol sempre, quanto aos americanos estarem massacrando muçulmanos bem, isso não gera discussões acaloradas na happy hour...

Na saída cruzei defronte a uma loja que lotou uma gôndola com produtos avariados, vencidos quinquilharias inúteis e que tais. Logicamente que catei um gel de cabelo lilás, dois cabides tortos e um DVD do Jason, que pra mim quando gurizinho era uma das coisas mais pavorosas, Jason e cachopa de marimbondo. Credo!!!

GRANDE MAROTO

Fila do banco. E enquanto folheava um gibi de contas percebí um gordinho engatilhado pra puxar papo. Era o Chuvisco, estava com uma camiseta 'Tem um viado me olhando...' _Lembra daquela peça na escola?_ ele se referia à nossa profi Geyse ( que nada tinha á ver com a celebridade instantânea [e muito gostosa!] do momento, Geyse Arruda) a nossa professorinha lembrava mais um daqueles bonequinho de biscuit que se pendura em porta de geladeira; enfim, a nossa Geyse dividiu os alunos em grupinhos para que encenasse peças de teatro.

A professora perguntava _Arrombaldo e Beltrano, vão encenar...?_

eles: _Tiririca na Praça é Nossa_

quaquaquás _Ciclana e Chifronésio...?_ Hermes e Renato, fessôra_

un-hunn! _Franklin e Juliano?_Nós vamos encenar Becket, de Shakespeare_

Acho que aqueles dois cabeludos de preto tinham acabado de dar a maior surpresa na vida de Geyse Biscuit... E agora, dois malucos com cartão estourado cheques especial voltando e gargalhando na fila ao relembrar o trecho mais gay que havíamos escolhido _Eu preciso de você ao meu lado!!_ quá!!!

Ah, nem lembrava que tiramos 10...

O mundo está cheio de pessoas que insistem em buscar, como diria Monty Phython, o sentido da vida .

Ahn, me deixa conferir aqui... respiração, checado! Pulsação, checado! Uii, excitação também checado!!

É bem assim gente, andando entre os hortifrutis do super e cai a ficha da pessoa " Céus! Alguém poderia me dizer o que eu toh fazendo aqui?" E inicia-se a busca filosofica mais profunda do ser humano, após colocar uma goiabada no carrinho e riscar ao lado 'OK'.

Pensar-se é importante. Questionar propósitos que reinterpretem este significado idem. Mas lembre-se, você não é o culpado. Relaxe. Ou não, se você quizer subir aquela montanha pra falar com um sábio, ou reler O Alquimista. Ao menos o sentido da vida desse povo é faturar com a tua boa-fé.

"Quando eu ligava ela mandava você me dizer que não estava/

Se tenta-se visitá-la, "saiu", mas que eu entrasse pois ela logo retornava/

Nós íamos ao cinema, e após o nosso beijo era tu quem corava/

Até nos bailes do clube era contigo que eu dançava/

Naquela vez em que caí de cama, era com a tua visita que eu melhorava/

Sempre te ordenava que agradecesse aos presentes com que eu a agraciava/

Até o dia em que tentei mas não a encontrei e, sozinho eu passeava/

Então te pedí que você me encontrasse, pois sobre ela nada mais me importava."

Descendo do carro e ouví alguém sussurrar "_Por obséquio meu ídolo..._" era um mendigo. Acenei com a cabeça pois nessas horas a gente tenta tomar uma atitude pensada mas o hálito de alambique 8 horas da manhã me manteve estático "_...sobrou algum pra completar a nossa passagem?_" metí a mão no bolso e lancei um punhado de moedas, lógico, que 1/2 hora mais tarde listei milhares de palavras e atitudes, porém; ficar olhando o tipo andar como se tivesse um pé na calçada e outro no asfalto. Un-hun... ele estava de viajem! Um mendigo que toma café da manhã com pinga e, em seguida decide comprar uma passagem para... onde?? Enfim, me sentí mais aliviado após atravessar a rua olhando pra trás e ver o nosso mendigo berrando com uma pobre criatura que deve ter pronunciado algo da minha listinha de atitudes e agora penava ouvir barbaridades sob o olhar público. Meu ídolo...!!

O cachorro anda na rua/
e tudo o que vê, cheira/
ele vê uma formiga, e a formiga é menor do que ele/
ele cheira um papel de bala/
e o cachorro vê um guarda, mas ele tem bom-senso/
o cachorro anda na rua/
e ele vê uma máquina assando frangos/
e outros câes o afugentam/
ele corre, mas no poste ele assinala que esteve alí/
ele é um bom cachorro e a rua embala os seus dias/
numa calçada de pedras e dias irregulares//.

Tenho um caõzinho fêmea. Não digo que tenho uma cadela pois pra mim a conotação implicada na palavra `cadela` designa algo muito menos nobre do que este pequenino ser amarelo, que por isso batizei de Maggie (o eterno bebê Simpson).
Embora resida em apartamento dividindo o edifício com vizinhos de ouvidos sensíveis aos seus latidos às 3 horas da manhã (ela deve ser um pouco japonesa, pois dorme durante o dia e desabafa latindo a noite, com luz acesa ou apagada!) mas, vale muito a pena! Pois se um ladrão escalar o prédio ela me protege, enquanto a hipotese de um cachorro chegar aqui em cima não me preocupa.

Meu irmão sempre diz que vez ou outra entro em fases, tipo de lua. Agora ando colecionando leitõesinhos (já fiz isso com pererecas mas, bafão...). Acontece que ganhei um adesivo do Gaguinho e a coisa desandou, já comprei na internet, catei cofre de sobrinho, ando tão obcecado andando na praia ví num pátio um liiindo! Pulei o muro e tentei catar mas estava preso no chão!! Não entendí chongas de como o mardito arrombado dono daquele leitãosinho conseguiu advinhar em concretrar o bicho? Será que a Mãe Dinah mora em Torres?
Outra fase, agora gastronomica, é a da maionese. Nossa Senhora do Refogado... como sobreviví até hoje sem ter me viciado em maionese? Não sei, não sei...
>>detalhe: Delícia quando unidos o útil (costelinha de porco) com o agradável (hellmanns).<<
Isso tudo tem me afetado profundamente. De formas que até uma conto que venho tentando acabar sobre um pelotão preso numa trincheira sob fogo cruzado e que precisam comer os soldados mortos. Por mais que tente, eu não consigo afastar da minha doentia mente uma bizarra imagem de churrasquinho de milico servido com maionese!!!

Na primeira vez que assistí o Datena ele narrava um jogo de futebol, demonstrando tanto conhecimento de fundamentos do esporte e tática quanto eu tenho de física quantica. Ainda assim, superava uma carroça cheia de Galvãos.
Então um dia a Band resolveu contratar o apresentador paquidermico (de conhecimentos, não apenas por Datena ter redimencionado o adjetivo `gordo`). Ele tinha arrasado a credibilidade do Gugu, aquele que tem o pintinho amarelinho, que o ameaçou numa reportagem fake. Aquilo foi seu curriculum vitae pra representar o estilo pé-na-porta-cara-no-chão da nova onda de jornalismo fanfarrão onde o apresentador chuta a cara do cara caído `tem de capar esse vagabundo!`, `pega eu, pôô!` e o classic `me dá ibagens! me dá ibagens`. Saudades daquele futebolzinho...

Tem muita gente estranha no mundo, não é mesmo? Do tipo que lê besteiras postadas num blog...

Depois do twitter ninguém mais presta atenção em nada escrito com mais de 1 linha 'este é o meu limite sabe... Uma linha, nada mais'. Acho que isso começou nas mensagens de celular.

Mas, e as garotinhas que lotavam diários de poesias enquanto seus hormônios pipocavam inspirando-as com românticos léro-léros?

A imagem foi inspirada por um amigo também muito estranho que disse ter visto num site o susto de um vendedor de sapatos tomou enquanto calçava um cliente e viu o seu pé soltar do corpo em sua mão! Era o cadáver do Michael! Estranho mesmo...

"Prefiro o céu pelo clima e o inferno pelas companhias"

Dae um dia resolví reabrir um blog... o que nos anos 90 foi uma contaminação zumbi infectando rapidamente à toda população e muitos outros bixos mais. Pois é! Pois é! Pois é!
Hoje há mais escritores do que leitores na internet. Mas essa mania de pensar ‘ahh que se foda, alguém pooor caso pode ler isso daqui!’ Então, blog baby, blog!